Empresas com impacto


O Ministério da Economia Holandês definiu a empresa socialmente responsável em 2001 como aquela que desenvolve actividades com valor acrescentado tanto para a empresa como p\ara a sociedade, mas em actividades que não pertencem ao seu centro de negócio nem estão legalmente obrigados a realizar. Trata-se de uma situação em que tanto a empresa como a sociedade beneficiam das actividades realizadas.

Este tipo de actividades nasceu nos Estados Unidos da América, onde 80% das grandes empresas colocam o pessoal ao serviço de um fim social ou de uma organização sem fins lucrativos, inclusivé com carácter obrigatório.

Estes trabalhos realizam-se dois dias por ano, um numa Sexta-feira e outro num Sábado, por exemplo.

Já se associaram grandes empresas como a Coca Cola, KPMG ou a Shell.

Em alguns casos uma empresa pode estar interessada em fazer trabalho de voluntariado para melhorar a sua imagem e tirar partido da sua reputação frente à concorrência. Mas também existem empresas que o organizam porque sentem uma obrigação moral de fazer algo pela sociedade. A estes motivos podem-se acrescentar o orgulho corporativo, que contribui para atrair ao pessoal porque os une e honra nesse bem social que exercem.

Num ensaio recente publicado por um semanário Elsevier , Theo Schuyt, catedrático de filantropia da Universidade Livre de Amesterdão, fala do trabalho de voluntariado corporativo relacionando-o com um fenómeno mais abrangente: a crescente privatização de serviços públicos e a debilitação do Estado Providência transferem uma maior responsabilidade social às empresas.

Recuperam o dinheiro “com juros”: melhora a imagem da empresa, favorece o sentimento de satisfação dos próprios trabalhadores. Mesmo em muitos casos, o trabalho voluntário é um instrumento da secção de recursos humanos, utilizado para a promoção do empregado ou em processos de selecção para avaliar as qualidades do contratado.

“Aprendi muito de um passeio com um grupo de deficientes de Amesterdão”. Explicava Marianne Deckers, secretária de direcção da empresa HEMA. “Agora compreendo melhor a sua situação. Vês os seus problemas, as suas limitações, que por certo são físicas e não mentais. São pessoas que não encontras normalmente pela rua ou não estás habituada a tratar e muitas vezes pensas que não te entendem. Um deles só podia expressar-se com o olhar, mas reagia a tudo. Neste passeio aprendi a tratá-los de um modo normal”.

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